quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Cento e Vinte e Sete

Fiz um número contigo. Foi dias depois de ter recebido a minha primeira carta sem texto. Uma permissão para te conduzir. Para me conduzires à liberdade ou até mesmo às noites de amor dentro de ti. Recordo com um sorriso, agora com um sorriso, aquelas em que no Inverno adormecias em frente ao mar. Aquelas em que me obrigavas a ir embora a pé. Voltava sempre na manhã seguinte e só te acordava com um choque eléctrico. Para mim, foste sempre mais do que um número de referência de uma marca. 127, chamaram-te. E ainda te chamam. Conheceste de perto as minhas mulheres, os meus vícios, a minha dor, os meus caminhos. Testemunha da minha pressa: de vida, novidade, ou reencontro. Voltei a ti por instantes. Para me recordar de mim.

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